JOVEM É EXECUTADO A TIROS MESMO APÓS SER RENDIDO EM SÃO PEDRO

 

Nas imagens de uma câmera de segurança, Wellington da Silva Dias de 24 anos, apareceu em um beco quando o policial chegou. Ele levantou os braços, e mesmo assim, PM atirou à queima roupa.




 

Um vídeo de uma câmera de segurança flagrou o momento que Wellington da Silva Dias de 24 anos foi baleado no peito por um policial militar, na noite deste sábado (2), no bairro Santo André, na Grande São Pedro, em Vitória.


Nas imagens, Wellington apareceu em um beco quando o atirador chegou. Ele levantou os braços, e mesmo assim, o PM atirou à queima roupa.


Uma auxiliar de produção, que pediu para não ser identificada, é familiar da vítima e contou que ninguém entendeu porque Wellington levantou os braços e mesmo assim foi morto pelo militar.


Em um outro vídeo o atirador apareceu aparentando nervosismo. Quando algumas pessoas se aproximaram ele fez gestos com a mão como se estivesse pedindo calma.


Welligton era casado há nove anos e tinha um filho de seis anos. Ele trabalhava como ajudante de pedreiro. Segundo a família, ele chegou a ter envolvimento com o tráfico de drogas, mas tinha mudado de vida.


Um barbeiro de 23 anos também foi baleado na perna. Ele foi atendido no Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE) e já recebeu alta. O homem, que pediu para não ser identificado, contou que um outro policial militar atirou contra ele.


Atingido por dois disparos no peito, ele não resistiu aos ferimentos e morreu. Familiares não sabem se ele morreu no beco onde foi baleado ou quando deu entrada no Pronto-Atendimento (PA) de São Pedro.


"Fui em direção ao acontecido e não cheguei nem perto do local. Foi quando um policial botou a mão no meu peito, tentou me dar uma coronhada e eu tirei a mão dele e perguntei se ele estava doido, ele pegou e atirou na minha perna. Chegando do serviço e trabalhando a semana toda pra chegar em casa e tomar um tiro de graça", contou.


O entorno da unidade ficou cheio de carros da PM. Depois do que aconteceu, moradores do bairro em protesto colocaram fogo em um ônibus. Não há informação sobre mais feridos.


Os nomes dos policiais envolvidos na ocorrência não foram divulgados.


Sesp determina recolhimento de armas e afastamento de PMs


De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), Welligton tinha oito passagens pela polícia, entre os anos de 2012 e 2019 por crimes como, porte ilegal de arma de fogo, ameaça, desacato ou resistência à ação policial e tráfico de entorpecentes.


Na tarde deste domingo, o secretário de Segurança Pública, coronel Márcio Celante Weolffel, informou que o caso está sendo apurado e os dois militares envolvidos na ocorrência tiveram as armas recolhidas e foram afastados de suas funções.



"Nós determinamos ao Comandante Geral da PM, a instauração de um inquérito policial militar para averiguação e investigação de todas as circunstâncias do fato ocorrido na data de ontem (sábado) e o recolhimento das armas dos policiais militares e o afastamento preventivo cautelar das atividades operacionais", disse o secretário em vídeo divulgado na tarde deste domingo.


Ainda de acordo com o secretário, o prazo para que as investigações sejam concluídas é de 60 dias.


"Toda morte é lamentável. Dentro do Programa Estado Presente nós buscamos a preservação da vida e a redução no número de homicídios", declarou o secretário.


Fonte: G1








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