MULHER SENDO EXECUTADA A TIROS A QUEIMA A ROUPA

Ariane Suelen Ribeiro conversava com os amigos em um posto de gasolina na avenida Comendador Fiorello Peccicacco, em Perus, zona norte de São Paulo. Por volta de 5h30 de domingo (1/4), dois homens a chamam de canto e começam a conversar. Em determinado momento, a jovem de 28 anos diz não ter “mais nada com o Silvinho”, segundo testemunhas. Neste instante, um dos homens saca um revolver e atira sete vezes em sua cabeça, engrossando as estatísticas de feminicídio no Brasil.


Este é mais um caso no país, que registrou uma nova investigação a cada três horas envolvendo assassinatos de mulheres justamente pelo fato de serem mulheres. Foram abertos 5.611 inquéritos policiais de março de 2015 a março de 2017 para apurar estas mortes, segundo o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

Ariane cursava direito e trabalhava como estagiária em um escritório de advogacia. De acordo com a família, começou a receber ameaças após o sumiço de documentos. Ela teria sido ameaçada por um ex-namorado, que achava ter sido traído. Câmaras de segurança de uma farmácia registraram o assassinato.

Uma amiga da jovem que a acompanhava relata que, após se encontrarem em uma tabacaria de Perus, ela e outros amigos foram ao posto de gasolina. Conversavam quando a dupla apareceu e pediu para falar com Ariane separadamente.

“Não tenho mais nada a ver com ele, não tenho mais nada com o Silvinho. Ele sabe que vocês estão me cobrando. Não tenho nada a ver com o irmão”, teria dito a jovem, conforme relatado pela testemunha. Neste instante, ela é baleada e, já caída, recebe mais disparos.

Testemunhas disseram a policiais militares que o assassino era pardo, magro, com aproximadamente 1,85m de altura, e que havia fugido, com o comparsa, em um veículo Corsa branco. A PM encontrou um Corsa branco com Diego Pereira. Segundo o boletim de ocorrência, registrado no 46º DP (Perus), Diego teria confessado que estava junto com o homem que atirou em Ariane. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.

Segundo a PM, o autor dos disparos é apontado como Jones Goulart, 33 anos. De acordo com a corporação, ele teria agido a mando de um ex-namorado da vítima, o qual estaria preso por tráfico de drogas e teria ordenado a morte dela por ciúmes.  A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos suspeitos. O enterro de Ariane aconteceu no Cemitério Dom Bosco, em Perus.

     



Fonte: Ponte.org

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